segunda-feira, 30 de maio de 2011

Figura de um movimento artístico. Imagem e Poesia.



Ah! Monalisa...

Veja só quem está aqui
A Mona, irmã da Lisa
A Lisa, irmã da Mona
Juntando as duas vira
MonaLisa.

Ela tem várias facetas
Ora sorrindo,
Ora fazendo caretas...

Seu penteado é legal
Seja liso, encaracolado,
curto, comprido ou anormal.

Ela sempre é assim
A Mona irmã da Lisa,
A Lisa irmã da Mona.

De uma, forma duas
E das duas, formam uma
Uma completa a outra
Mesmo sem trocar de roupa...

Ah! Monalisa...



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Crônica

COTIDIANO


          Desenfreada confusão! mal o despertador se manisfesta, 06:30 da manhã, a mãe já inicia a correria. Cutuca o marido que já está na hora de levantar. Corre para o quarto dos meninos, que precisam se ajeitar para ir à escola.
          Prepara a mesa para o café: pão dormido com margarina. É tudo que ainda tem. José, o filho mais velhos, reclama do café. Diz que nem vai comer. Pega a mochila e vai para a escola. Na chegada, depara-se com a merendeira e logo pergunta: "Que tem de merenda hoje?". "Sopa!"- responde ela.
          Depois de algumas trocas de palavras com os colegas, dá o sinal. Ainda que sem muita disposição, José entra, encara a primeira aula como se não estivesse ali. Sentado, com as costas voltadas para a parede, escuta a professora falando sobre artigos: definidos e indefinidos. isso pouco lhe interessa. Seu pensamento está lá na opção de café da manhã que teve. Fica pensando na miséria que circunda o seu lar. O pai trabalha, mas ganha pouco. A mãe precisa cuidar da casa e dos irmãos menores.
           Passa a primeira, a segunda e chega a terceira aula. Nesse interstício de tempo alguém bate a porta: "Merenda". É a merendeira. Ah, lembrou da sopa prometida ainda no primeiro horário da manhã, logo quando chegou. Vão em fila para o refeitório. Enquanto engole colherada após colherada, fica imaginando como seria se tivesse nascido em outra família. Se tivesse um pai que ganhasse bastante dinheiro.... Ah, certamente tudo seria muito diferente!
          Finalizado o tempo da merenda, volta à sala de aula. A troca de professores faz com que José se ocupe também em avaliar cada um deles. Seu jeito, sua aula, seu modo de se expressar. O menino também imagina que cada ser tem os seus problemas, mas que ao menos, seus professores devem ter uma comida saborosa em suas mesas. E assim, a manhã vai se esvaindo entre as aulas, os colegas de classe, suas inquietações e o desejo de ter uma vida mais digna.
           11:45 é dado o último sinal. Hora de guardar o material e ir para casa. José já pensa no almoço. "O que será que vai ter?". Mesas para um lado, cadeiras para o outro, todos saem ligeiramente a caminho de casa.
           Ao chegar, sua mãe já grita: "Vá ver o que seu irmão está fazendo". Sentam à mesa. É osso de porco frito com mandioca. José reclama: "É sempre a mesma coisa"! Sua mãe manda calar a boca e comer. E ainda acrescenta: "Como bem quieto, porque muitos nem tem o que comer". José senta, serve-se e já fica a imaginar: "O que será que vai ter de merenda amanhã?"

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Som e Imagem - música Years of Solitude, de Astor Piazzolla e Gerry Mulligan


Apesar de todo mal, toda tristeza, todo medo... sempre haverá um novo caminho, um recomeço, uma luz para guiar teus passos!




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terça-feira, 10 de maio de 2011

Como nós, como mediadores de leitura, podemos trabalhar poesias e/ou músicas para que nossos alunos gostem, apreciem e produzam poemas com sonoridade, brincando com as palavras?

Nós temos que pensar em uma atividade simples e adequada a idade dos nossos alunos. Pois quanto mais cedo despertarmos o seu gosto na realização desta atividade, melhor será seu desenvolvimento. As poesias precisam ser trabalhadas de forma simples, com pequenas rimas, podendo-se fazer com o nome deles. Por exemplo: “Ana rima com Banana”, ou usando sinônimos “O José é feliz, porque tem um lindo nariz”; esse jogo as crianças adoram e se interessam. No início elas fazem sem a rima e aos poucos percebem que com a rima fica mais interessante.
Geralmente nossos alunos já trazem de suas casas algumas canções dos sucessos do momento, mas teremos que mudar a letra, adequar. Outros alunos até trazem versos ou algum poema contado pelos avós ou algum outro familiar. Assim, podemos nos valer disso e partir na formação de novas poesias e músicas. É importante que as poesias estejam de acordo com a faixa etária da criança. Podemos trabalhar músicas atuais que eles escutam nas rádios diariamente em forma de paródias, pois eles já memorizaram a melodia, só precisam adequar a nova letra da música.Música e poesia se completam, pois a letra de uma música não deixa de ser uma poesia e vice-versa, podemos transformar uma poesia em música colocando uma melodia.
Todos nossos alunos gostam de trabalhar com música, mas os menores ainda são mais espontâneos, não tem vergonha de se expressar. Podemos usar música e também poesias para trabalhar diferentes temas em sala de aula, pois elas têm rimas, sonoridade, que atraem muito os alunos, facilitando sua aprendizagem. Devemos também lembrar sempre de usar músicas e poesias que eles mesmos ouvem no dia-dia, criando paródias, poesias coletivas, pois desta forma, todos poderão, aos poucos, contribuir nas criações das poesias.           

       Mais do que tudo isso, nós, como mediadores
      temos a obrigação
      de mostrar que na poesia tudo é possível,
      basta imaginação!
      Podemos escrever de trás para frente,
      de baixo para cima,
      em círculos, alternando linhas,
      criando palavras, ritmos, sons.
      Podemos rimar, ou não;
      podemos ter linearidade, ou não;
     podemos informar,
     podemos desenhar,
     podemos transformar,
     podemos criar,
     sem medo de ousar ou errar!